sexta-feira, 6 de julho de 2012

INFOterapiando ...



O que é terapia e para que serve?


  Terapia é servir, é tratar, é cuidar. É um processo entre o paciente e o psicoterapeuta através de métodos, técnicas e intervenções psicológicas. 
   A psicoterapia então, é o cuidar para que o indivíduo se torne o melhor possível diante do seu contexto; é o seu desenvolver e desenvolvimento de seus atributos de uma melhor forma possível. É o restabelecimento de sua qualidade de vida, o trabalho em cima de suas dificuldades e sintomas psicopatológicos, de seus sistemas psíquicos: mental, orgânico, familiar, financeiro e outros. É o trabalhar em cima de suas dificuldades e incapacidades, o minimizar seu sofrimento, um aprendizado, um desenvolvimento a partir de seus sintomas. 


A postura do psicólogo na psicoterapia


   Deve haver uma postura de respeito pelo paciente, pelo contexto da sessão, pelo segredo profissional, o bom senso de saber que a terapia, seja qual for, não pode tudo, e que às vezes, o paciente pode precisar também de uma ajuda multidisciplinar.
   O compromisso da terapia então, é em primeiro lugar o cuidado do paciente. Quando ele entra no setting ou em sala, a atenção é voltada a ele e o mundo lá fora, fica lá fora. Mas, o cuidar do paciente é o cuidar do mundo já que ele é a parte de um mundo.

Como funciona? 


   A psicoterapia é direcionada por um profissional especializado que, dependendo do caso, é precedida por um psicodiagnóstico. Podem ser utilizados exames e testes psicológicos.            Pode ser individual, em casal ou em grupo. Dependendo da situação e da abordagem, pode ser trabalhado em  um número determinado de sessões ou semana após semana, onde o paciente traz um pedaço de sua história. Sentimentos  e sintomas como: raivas, amores, sonhos, desilusões, esperanças, temores, culpas e vontade de poder ser melhor passam pela sessão. Terapeuta e paciente vão reunindo pedaços de significados dispersos que, podem estar difíceis de aparecer e então, juntam-se e passam a estruturar sentidos de sua vida. Isso acontece porque na terapia, é o lugar onde o paciente se coloca de uma forma mais livre e o profissional o entende da maneira como ele é.
   A história do paciente que se revela no decorrer de uma terapia é trabalhado não contra o tempo, mas a favor do tempo que, só depois de contados, tocados e mexidos, poderão ajudar a compor a história dentro da qual suas queixas fazem sentido.


E quando começa a terapia?


   No momento em que o paciente confiou em você como possibilitador do espaço em que o mundo dele pode ser aberto, aproximado e olhado de perto.


O que a terapia oferece?


   A oportunidade de o paciente poder olhar de novo para o que foi vivido e passou, ou não passou; para o que é vivido agora e autenticar tudo como sendo dele, como sendo ele. Incluem suas perdas, culpas, faltas, desilusões e quanto dessas questões há na base de uma depressão. Seus receios, angústias, tristeza, seu sentimento de impotência diante de um mundo cada vez mais ameaçador e o quanto dessas questões está no pânico. Também se incluem os prazeres e as alegrias que ele não sabe se tem direito de sentir.
   É uma ocasião de ver a vida que se realizou, que foi esse o caminho percorrido, mas é um caminho que continua e, o mais importante, poder ir em direções diferentes. Às vezes, isso quer dizer novas escolhas que implicam mudanças radicais. Mas o mais comum é que esse poder ir em outra direção queira dizer: mudar a direção do olhar, poder ver outros significados nos fatos que, em si, continuam os mesmos; poder sentir que, exatamente porque aquela história é especialmente a dele, ele é seu protagonista e cabe a ele trazer elementos novos para ela. A chance de alguém perceber que não lhe compete mudar os outros; que não compete aos outros tomar a iniciativa para resolver os problemas que são dele, e que a obrigação de cuidar da sua vida é primeiramente dele.
   É o começar a olhar a própria vida e a reelaborar significados já cristalizados,  podendo a realidade do paciente se alterar também. É a possibilidade de dirigir um olhar diferente para si, reformulando significados. É cuidar de si, que sofre.
   É o aprofundar o pensamento em questões de opinião, já resolvidas até então, mas que na verdade precisam ser pensadas. É o fazer perguntas essenciais pelo significado das coisas em que o terapeuta as legitima e amplia. É o entender também que nem todas as perguntas tem respostas, mas que nem por isso a vida deixa de seguir.
   A terapia então oferece a possibilidade de paciente e terapeuta se empenharem em um  trabalho de procura, de descobertas e melhorias.