terça-feira, 26 de junho de 2012

O momento da escolha profissional

   Você conhece algum jovem que começou um curso e não tenha dado continuidade porque no meio do caminho descobriu que não era bem aquilo que queria?  
  A busca por uma orientação é um pedido feito a um profissional para que o ajude a enxergar qual é o seu caminho nesse momento de vida, pois só consegue ver bifurcações adiante. O papel do orientador é o de auxiliá-lo na sua escolha, levando-o a perceber e reconhecer as etapas desse processo. O orientando reflete junto ao orientador aprendendo a destacar os aspectos que são essenciais para a sua escolha; trabalha o autoconhecimento, observa suas características, habilidades e aprende sobre as profissões e o mercado de trabalho. Ou seja, aprende a escolher estabelecendo critérios para essa e futuras escolhas.
   A escolha profissional portanto, é um processo de aprendizagem em que o indivíduo faz sua opção baseado em fatores psicológicos, sociais e econômicos e, o profissional alinha-os às suas características pessoais, referências familiares, levando em consideração os valores, lazeres, afazeres, amigos, escolas, religião, ambições pessoais e perspectivas de vida, bases educacionais, mercadológicas, sociais e até históricas. O respeito à sabedoria inconsciente é importante, pois a escolha feita na adolescência é a primeira de um processo de que desenrolará por muito tempo na vida de um indivíduo.
  Em geral, quem busca uma orientação são jovens que precisam direcionar seus estudos para uma área profissional. Muitos, depois de concluído o ensino médio e até cursando uma universidade porque percebeu que escolheu o curso errado, ou o que pensou sobre o curso não correspondia com a vivência que está tendo, está inseguro quanto a escolha que fez, se vê diante de muitas opções e inicia um processo de dúvida sobre o curso escolhido. Alguns procuram a orientação um pouco mais tarde, porque o trabalho é colocado antes da capacitação profissional por necessidade de sustento.       
   Há muitos quesitos a serem trabalhados em uma orientação. Mudanças no físico, o aspecto mental, as descobertas emocionais e as relações sociais também refletem na escolha de uma profissão. Há jovens que fazem suas escolhas para compensar suas dificuldades, ou seja, existe um desejo de superação que nem sempre vai acontecer através da profissão.
   A família é a grande referência; é o primeiro núcleo de socialização. É neste núcleo que ele encontra apoio emocional, valores morais e espirituais que formarão a base estrutural para enfrentar a vida e seus conflitos. Uma observação especial à estrutura familiar porque nem todas são como antes; constituída com pai, mãe e filhos. Aspectos quanto ao valor que a família dá à educação, o entendimento do que é ser bem-sucedido, as pressões dos pais sobre os filhos, o medo de influenciá-los deixando de opinar sobre a questão profissional, o  estímulo intelectual proporcionado pela família, a disciplina e o controle dos pais, as crenças, mudanças de cidades, estados e até países ... Olha quantas influências!
  A cultura de consumo que valoriza os bens materiais e o mundo das aparências também  exerce uma grande interferência sobre a escolha profissional.
  Recorrer a um profissional neste momento é fazer um trabalho baseado no respeito, no sigilo e na escuta atenta, fundamentais neste processo.

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