O que é o deficit de atenção e hiperatividade? O perfil de uma criança desatenta e hiperativa. É necessário o uso de medicamento? Psicoterapia resolve? E o prognóstico?
Bem, o deficit de atenção e hiperatividade é baseado em um conjunto de sinais e sintomas relacionados a desatenção, a hiperatividade e a impulsividade.
A atenção é um sistema complexo que envolve integração e harmonia entre o sistema nervoso central, partes do cérebro, os sentidos, os neurotransmissores, a linguagem, o desempenho motor e fatores emocionais como a depressão, a angústia, a motivação e o ambiente afetivo. Começa com os ciclos de vigília e sono. Mas, estar acordado não significa estar atento. As informações que recebemos do meio são selecionadas àquilo que nos interessa para depois a busca dos objetivos.
Múltiplos fatores podem estar interferindo no deficit de atenção. Cada caso é especial.
Fatores neurológicos "podem" estar relacionados à desatenção, mas os fatores emocionais devem ser observados na determinação e continuidade destes casos. Um equilíbrio entre os neurotransmissores pode estar modificado devido a dinâmica emocional da criança ou não. As alterações comportamentais de uma criança dependem de um conjunto de fatores ambientais, familiares e da própria criança.
A desatenção é expressa no tempo muito curto de concentração, na falta de interesse, envolvimento e mudança de atividade a todo momento.
Já a hiperatividade é o exagero ou excesso de atividade motora; e a impulsividade, pode ser determinada por reações bruscas e imotivadas que refletem reações impensadas e repentinas. Este comportamento pode ser observado já em bebês.
Crianças hiperativas são conhecidas como perturbadoras e suas dificuldades passam a ter relações com as atividades escolares.
Desorganização, inquietação e curta fixação da atenção são algumas características, mas também costumam ser simpáticas, sociáveis e criativas nas brincadeiras. Um lider, podemos dizer.
Para o diagnóstico do deficit de atenção e da hiperatividade devem ser levados em consideração situações significativas. Alguns sintomas podem começar antes dos sete anos; as dificuldades deverão estar presentes em dois ou mais ambientes; deverá haver alterações significativas de comportamento na área social, escolar e outras e não poderá fazer parte dos distúrbios mentais infantis.
O profissional deverá ter experiência com as fases de uma criança. O trabalho a ser realizado envolve um conjunto de propostas e atitudes relacionadas à criança, à família e à escola associado ou não ao uso de medicamentos.
A presença de uma criança desatenta e hiperativa remete o profissional a ela, mas também pode servir de alerta à família como oportunidade para sua reestruturação.
Devemos respeitar a criança, procurando conversar e esclarecê-la sobre o motivo da busca de um profissional, pois ela atravessa uma fase difícil e a ajuda do casal é importantíssima. O profissional deve eximir o casal do excesso de culpa que, normalmente ocorre e mostrar que há possibilidade de reverter este quadro.
Os aspectos emocionais que fazem parte deste quadro devem ser trabalhados para se obter uma adequação daqueles comportamentos. Crianças hiperativas e desatentas apresentam uma baixa auto-estima. Este quadro, pode ser trabalhado em psicoterapia individual, terapia familiar, terapia de casal juntamente com uma terapia medicamentosa, nem sempre é necessário. Depende de cada caso.
O processo psicoterapêutico poderá atuar mais diretamente nas possíveis causas geradoras dos comportamentos inconvenientes e garantir uma estabilidade por prazo mais longo ou definitiva.
O prognóstico tende a ser muito bom. Mas, é importante um trabalho multiprofissional para observar todas as circunstâncias que cercam esta criança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário